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domingo, 14 de outubro de 2018

Simulando Confrontos | Dromeossauro vs Santanaraptor


 Olá pessoal! Depois de algum tempo sem novas edições do Simulando Confrontos eu trago mais uma batalha emplumada: o brasileiríssimo Santanaraptor contra o americano Dromeossauro! Vamos ver quem leva a melhor hoje.

segunda-feira, 3 de setembro de 2018

03/09: Dia do Biólogo | Ciência em chamas

Olá pessoal, venho aqui fazer uma espécie de coluna sobre o incêndio do Museu Nacional lá do Rio de Janeiro. Vale lembrar que não é a primeira vez que museus como esse e prédios científicos entram em chamas, é só se lembrarem do Museu da Língua Portuguesa e do Instituto Butantan. Sem falar no clássico Museu do Ipiranga que embora não tenha pegado fogo, corria risco de desabar e está numa reforma há anos!

''Que país é esse?'' - Renato Russo

 Sabem que país é esse? É a porra do Brasil... Venho aqui fazer um desabafo, e não uma ficha técnica sobre o ocorrido. Um incêndio como esse é a materialização do descaso com a ciência. A imagem acima me arrepia pelo simples fato de vermos a estátua de Dom Pedro II em primeiro plano ao fundo um lugar, que foi inclusive casa da Família Real, em chamas. Não é apenas um museu, mas é um local que abrigava artefatos e outras coisas de valor incalculável pra ciência.

 A maioria das pessoas não enxerga que o que foi perdido e o que aconteceu é extremamente grave. O brasileiro, em sua grande maioria, não entende e não gosta de ciência. Esse incêndio é comparável a um incêndio do Louvre, do Museu de Nova York ou do Museu Britânico. Gerações de cientistas dedicaram suas vidas a esse museu, muitos futuros doutorandos, mestrandos e professores agora tiveram anos de sua vida jogados fora. Tudo que se usa para manter um só Juiz do Supremo seria suficiente pra fazer uma simples manutenção nesse prédio.

 A questão aqui é que eu não consigo acreditar no que aconteceu... É como se alguém tivesse morrido. Só quem entende a real importância da ciência sente isso. Esse prédio possui uma arquitetura única, foi fundado por Dom João VI e foi casa da Família Real por anos, só esse fato já torna o prédio um lugar único. Como se não bastasse lá é uma das instituições mais antigas de ciência no Brasil, um lugar que até a Marie Curie e o Einstein visitaram, um local onde o fóssil humano de cerca de 11/12 mil anos, a Luzia, era o mais antigo da América. Esse fóssil da Luzia foi fundamental pra entender a dispersão do homem pelo mundo, qualquer tratado fundamental de antropologia e evolução do homem falava desse fóssil, ele era importante como a Lucy é, mas depois de resistir 12 mil anos debaixo da terra não sobreviveu a poucos anos da incompetência de um governo. Os diversos itens de arqueologia clássica e egiptologia se perderam, o sarcófago de uma cantora egípcia era um dos principais, esses itens egípcios foram dados de presente ao Brasil na época em que Dom Pedro II visitou o Egito. Milhares de coleções biológicas, com espécies ainda para serem descritas, com holótipos que agora não existem mais, com espécies extintas que tinham exemplares apenas lá, tudo isso se foi. Sem falar nos inúmeros livros da biblioteca. O meteorito Bendegó foi um dos poucos itens que se salvaram, ele é um símbolo de resistência. O acervo paleontológico com as ossadas de dinossauros brasileiros e outros seres pré-históricos brazucas agora viraram cinzas...

 Hoje (03/09) é dia do biólogo, e parece que não há nada mais irônico, sarcástico e cruel para ser dado de presente a esses cientistas. Cientistas que dedicaram anos de pesquisas e viveram a vida inteira dentro desse museu perderam o chão que os sustentavam. Mesmo sabendo que estariam sem emprego, saíram de suas casas no domingo a noite, correndo risco de vida dentro das instalações, para resgatar uma pequena parte do acervo de 20 milhões de peças, utilizaram apenas a força do amor pelo o que fazem para salvar alguns vidros com exemplares de moluscos preservados, que para tanta gente parece apenas um bicho mole em um pote mas que para a ciência é ter um catálogo da vida na Terra que nos ajuda a ligar relacionar cada ser vivo na teia da vida. É como se você não tivesse mais noção do que estava acontecendo, você, um cientista desnorteado para qual não caiu na ficha que tudo acabou, por amor e dedicação a ciência, adentra o prédio pra tentar salvar qualquer coisa, você pega vários vidros de moluscos preservados e sai correndo sem nem ao menos perceber o que está acontecendo a sua volta. Extremamente tenso...

 Mesmo se consigam salvar o prédio, de arquitetura imponente e importante para a história do Brasil e da arte, o que estava lá dentro nunca poderá ser substituído. É como se um ente querido seu morresse, mesmo que botem alguém muito especial pra você no lugar daquela pessoa falecida, essa pessoa nunca irá substituir a que se foi. E o mesmo vale pra ciência, uma vez perdido, pra sempre perdido...

 Concluo esse texto com o coração apertado e extremamente abalado. Deixo aqui algumas imagens que falam por si só. Que um dia valorizemos a ciência!



 Um povo que não preserva a sua história é um povo que não sabe construir seu futuro. Devemos preservar nossa história e ciência para poder mostrar as mesmas as futuras gerações. Pra finalizar, deixo essa foto marcante e que nos faz lembrar que nossos cientistas sofrem... No Museu Nacional eles davam tudo de corpo e alma, mas como disse o administrador do museu: Não é questão se o incêndio ia acontecer, mas questão de quando iria ocorrer. O mais triste é que quem deu as suas vidas para aquele lugar teve que vê-lo sendo consumido pelas chamas sem poder fazer nada.


Que um dia reconheçam o valor da ciência e da história na construção de uma nação forte!

domingo, 29 de julho de 2018

Simulando Confrontos | Majungassauro vs Deltadromeus

   Olá pessoal! Hoje eu resolvi trazer uma batalha de dinossauros menos conhecidos, porém são igualmente mortíferos e ferozes! Vamos ver hoje quem leva a melhor nessa difícil batalha sanguinária: Majungassauro vs Deltadromeus.


terça-feira, 24 de julho de 2018

Simulando Confrontos | Carcharodontossauro vs Giganotossauro

   Olá pessoal! Como eu disse na última edição do Simulando Confrontos eu iria trazer novamente uma batalha de dinossauros famosos, e é exatamente isso que trago nessa edição. Trago a vocês uma batalha de gigantes (e famosos): Carcharodontossauro vs Giganotossauro.


As penas e os dinossauros

Olá pessoal, hoje estou aqui para comentar sobre as penas e os dinossauros.

  Sabemos que durante muito tempo os paleontólogos acreditaram que os dinossauros estavam intimamente relacionados aos répteis escamados, inclusive o termo ''dinossauro'' cunhado por Richard Owen em 1842 significa ''lagarto terrível'',  mas depois da década de 1960, e em meados da de 1990, surgiram evidências muito significativas que provam que os dinossauros estão mais relacionados com as aves. Inclusive, acredita-se que as aves descendem diretamente dos dinossauros terópodes.

  Então, a ideia de que os dinossauros são intimamente ligados com as aves levantou a possibilidade óbvia da existência de dinossauros emplumados. Entre os dinossauros extintos, penas ou tegumento semelhante a penas foram descobertos em dezenas de gêneros através de evidências fósseis diretas e indiretas. A grande maioria das descobertas de penas tem sido para os terópodes coelurossaurianos . No entanto, o tegumento também foi descoberto em pelo menos três ornitísquios, aumentando a probabilidade de que as proto-penas também estivessem presentes nos dinossauros anteriores.

   Em 2017, Baron, Norman e Barrett propuseram que penas ou estruturas semelhantes a penas podem ter se originado com o ancestral comum dos Ornithoscelida , um grupo de dinossauros que inclui ambos os terópodes e ornitísquios , os dois únicos clados dinossauros conhecidos nos quais as penas foram observadas. Estruturas filamentosas em alguns dinossauros do grupo Ornithischia (Psittacosaurus, Tianyulong) e pterossauros podem ou não ser homólogas com as penas e proto-penas dos terópodes.



  • Scales = Escamas; Filaments = Filamentos; Feathers = Penas


Fonte Wikipedia

quarta-feira, 18 de julho de 2018

Simulando Confrontos | Guanlong vs Deinonico

 
   Olá pessoal! Fiquei algum tempo sem postar conteúdos no blog, porém voltei recentemente postando sobre Genética, mas faz bastante tempo que não posto nada sobre paleontologia, então resolvi continuar postando o quadro Simulando Confrontos. Hoje temos um embate de um dromeossaurídeo: Deinonico, contra um tiranossaurídeo: Guanlong! Então vamos ver quem leva a melhor nessa batalha emplumada!


terça-feira, 3 de julho de 2018

Minha breve opinião sobre os perigos da Genética

Olá pessoal, hoje irei falar brevemente minha opinião sobre os perigos da Genética.

   A Genética em si nada mais é do que uma das principais áreas da  Biologia, e inclusive uma das mais promissoras dela. A Genética é muito importante para o desenvolvimento da civilização, desde de sua ''origem'' com Mendel, inicialmente incompreendido, vemos que houveram mal entendidos.

   O conceito de Genética é relativamente simples: ''A genética é a parte da ciência que estuda a hereditariedade, a estrutura e função dos genes e a variação dos seres vivos. É através da genética que buscamos compreender os mecanismos e leis de transmissão das características através das gerações.''. Porém o que podemos fazer através desses conhecimentos é extremamente interessante: Desde (teoricamente) ressuscitar os dinossauros até selecionar características interessantes em um vegetal, por exemplo.

   Gosto de usar como exemplo mais puro dos perigos e limites da Genética o filme Jurassic Park de 1993. Acho bastante interessante a franquia Jurassic Park, com personagens singulares que nos fazem pensar sobre a questão dos dinossauros no mundo atual.


   Em Jurassic Park, vemos que Ian Malcolm diz a icônica frase ''A vida encontra um meio'', que é pura verdade, exemplo claro do que ele disse é a seleção natural, ela seleciona o que é ''melhor''. A Genética é também exemplo claro de que através dos conhecimentos científicos podemos alterar toda a estrutura de uma sociedade, até que ponto é ético trazer animais extintos naturalmente de volta à vida? Com tantos animais extintos pelo homem, seria mais provável daqui alguns anos os cientistas criarem um ''Holocene Park''.

  As consequências de se trazer um animal extinto de volta à vida é completamente catastrófica se não for administrada corretamente. Se algum grupo de cientistas conseguir a proeza de um dia clonar animais extintos e reintroduzi-los na Terra atual (O que é bem difícil, visto que apenas realizar a parte inicial da pesquisa exige grandes embates éticos, porém com certeza há cientistas estudando esses assuntos polêmicos por debaixo dos panos) teremos algumas questões a serem refletidas sobre o que viria a acontecer (usarei animais como exemplo):

  • Se esses animais foram extintos pelo homem saberíamos duas coisas: Estamos tentando consertar a tempo nossas desgraças, porém o ambiente se modifica rapidamente, e nem sempre esses animais conseguirão ocupar seu antigo lugar na cadeia alimentar; E aliás, é um ser trazido pelo homem, que ''erros'' em seu código genético podem haver? Podem ser potencialmente perigosos?

  • Se esses animais foram extintos naturalmente saberíamos novamente duas coisas: Estaríamos sendo tolos de desextinguir espécies naturalmente eliminadas enquanto poderíamos estar investindo tempo e dinheiro cuidando das espécies ameaçadas de extinção pelas ações humanas? E novamente temos a questão da potencialidade catastrófica desses animais vagarem pela Terra novamente, poderiam não conseguir ocupar seu posto na cadeia alimentar, ou então poderiam ocupar facilmente esse posto e substituir os de animais já existentes, sem falar em toda a desestruturação ecológica que seria causada. Vale destacar que se a natureza os extinguiu não tem porque os trazer de volta.

  • Além da óbvia desestruturação ecológica, não sabemos que falhas genéticas esses animais teriam, que características poderiam ser ativadas ou inibidas sem querer durante todo esse longo processo? E qual o sentido de voltar à vida animais extintos se não poderíamos introduzi-los no ambiente sem grandes problemas? Por que o homem não se contenta em cuidar do que tem e sempre busca a satisfação com o que não tem? Há uma série de questões que teríamos que pensar com extrema cautela para se trazer um animal extinto à vida.

  • Para finalizar estes tópicos, usarei o exemplo mais clássico em desextinção: Trazer os dinossauros de volta. Ao meu ver, seria fantástico poder entrar em contato com esses animais únicos, porém temos que pensar em todos os outros que estão conosco. A saga Jurassic Park pode não retratar fielmente a anatomia dos dinossauros, mas nos mostra com proeza como é que esses animais agiriam. Quando o paleontólogo Dr.  Grant diz que a empresa de engenharia genética InGen e o milionário John Hammond criaram monstros ele estava coberto de razão, é impossível ter 100% do DNA de um dinossauro, até mesmo no filme isso é bem claro, utilizaram DNA anfíbio, e como consequência, segundo Grant, criaram ''monstros'' tal como um Frankenstein. O que estaríamos vendo não seriam dinossauros, mas sim monstros, ou melhor, dinossauros geneticamente modificados. O sequel Jurassic World nos mostra a questão dos híbridos, que perigos poderia haver em usar o conhecimento genético para criar armas de guerra como vemos em Jurassic World - O Reino Ameaçado ou uma simples atração para um parque como vemos em Jurassic World. Apesar de serem ''Frankensteins'', são seres vivos, e devemos ter muito respeito por eles, não podemos trazê-los apenas para nos divertir. E nem mesmo com os dinossauros de volta na Terra, o que é considerado praticamente impossível, visto que o DNA tem um tempo de vida estimado, conseguiríamos tirar todas as conclusões sobre esses animais. É necessário lembrar de um fato comentado pelo personagem Grant em Jurassic Park III: só podemos tirar conclusões sobre o modo de vida desses animais estudando os fósseis, qualquer dinossauro trazido de volta à vida não seria um dinossauro de fato. Devemos ter respeito pela vida, esses animais extintos pela lei da natureza já cumpriram o seu papel, os dinossauros, por exemplo, vagaram durante aproximadamente 160 milhões de anos na Terra cumprindo com êxito o seu papel. Vale destacar, que segundo a taxonomia e a sistemática, as aves e os dinossauros são tão próximos que existe uma classificação que divide os dinossauros em não avianos, os que viveram na Era Mesozoica, e em dinossauros avianos, que seriam as aves que vemos voar por aí. Temos um pedacinho do que restou dos dinossauros em nossos quintais, quando vemos os pássaros voarem por ele. (Lembro que os répteis e as aves estiveram e estão tão intrinsecamente ligados que o mais apropriado seria estudá-los juntos, como um único grande grupo (Sauropsida); Aliás, como uma prova bem simples dessa relações é recordar do fato de que os dinossauros também tiveram penas)



   Concluo dizendo que trazer animais ou qualquer outro ser vivo de volta à vida não é simples e nem muito apropriado, por isso devemos preservar as nossas espécies para não termos que gastar tempo e dinheiro tentando ressuscitá-las.

domingo, 29 de abril de 2018

Filo Ctenophora | Características gerais

Olá pessoal, depois de um longo período de ausência eu irei falar com vocês sobre os ctenóforos, então vamos lá:

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O Filo Ctenophora (do grego ktenes = pentes-; ophora = transporte) é um filo pequeno de cerca de 50 espécies vivas, denominadas popularmente de águas-vivas de pente. São todos marinhos, planctônicos (alguns bentônicos) e bioluminescentes.

Antigamente eram incluídos com os cnidários num filo denominado Coelenterata, apesar de serem parecidos em vários aspectos, por exemplo na presença de mesogleia gelatinosa nos dois grupos, hoje sabemos que são filos distintos. Os dois grupos desenvolveram características semelhantes mas tiveram origens diferentes.

Anatomia e Fisiologia dos Ctenóforos:
Anatomia geral de um ctenóforo
  • Simetria birradial;
  • Corpo dividido em 2 hemisférios: Polo oral: onde situa-se a boca; Polo aboral: onde situa-se o ânus;
  • Possuem 8 fileiras de pentes ciliares meridionais;
  • Podem apresentar bioluminescência ou iridescência;
  • Possuem tentáculos contráteis com células adesivas utilizadas para captura de alimento, os coloblastos. Observação: alguns não possuem coloblastos, e outros apresentam cnidoblastos, porém os mesmos são adquiridos ao se alimentar de cnidários;
  • Possuem uma epiderme externa, com células sensoriais e glandulares mucosas; abaixo possuem uma camada de musculatura lisa seguida por uma mesogleia;
  • Possuem sistema digestivo rudimentar, com boca, celêntero (cavidade gastrovascular) do qual partem canais, havendo ainda um poro anal (porém, a maior parte dos excrementos sai pela boca, não se falando ainda em sistema digestório completo). A digestão é extra e intracelular;
  • O sistema nervoso descentralizado e subepidérmico bem desenvolvido; situa-se abaixo da fileira de pentes; Possuem o órgão sensorial apical, onde há um estatocisto que dá senso de equilíbrio ao animal;
  • A maioria é hermafrodita com fecundação externa; alguns incubam ovos;
  • São carnívoros e se alimentam de copépodos, cnidários e outros ctenóforos.
Site brasileiro sobre os Ctenóforos do Canal de São Sebastião: http://www.usp.br/cbm/ctenophora/pt/ctenophorapt_files/Page781.htm

Imagens de Ctenóforos:

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Resultado de imagem para ctenóforos

Créditos: Wikipédia; Ciências Bio; Zoowiki; Vida Marinha.

domingo, 14 de janeiro de 2018

Simulando Confrontos | Ceratossauro vs Metriacantossauro


 Depois de uma pequena pausa nos assuntos paleontológicos do blog, estamos de volta com mais um Simulando Confrontos! Aos amantes da Zoologia, tenho um recado: em breve teremos mais postagens sobre o assunto! Hoje temos um confronto bem interessante, são dinossauros de tamanhos bem semelhantes, vamos ver quem leva a melhor hoje.


sexta-feira, 12 de janeiro de 2018

Onicóforos

Olá pessoal, recentemente eu postei sobre muitos assuntos paleontológicos, e irei continuar postando! Mas hoje eu irei falar sobre um pequeno filo de animais: Os onicóforos! Hoje não irei entrar em detalhes de anatomia interna, mas sim vou ensinar de maneira simples a vocês sobre esses belíssimos animais!

Filo Onychophora


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Onicóforo do gênero Peripatus
 Os onicóforos são animais vermiformes terrestres, seus representantes fósseis eram exclusivamente marinhos, mas hoje em dia os onicóforos são exclusivamente terrestres, sendo assim, o único filo com espécies exclusivamente terrestres. Eles são curiosos seres aveludados, essa característica fez com que fossem chamados de vermes-aveludados ou velvet-worms em inglês. Na cabeça, possuem uma pequena boca circular, duas antenas, um par de olhos e um par de pernas modificadas capazes de esguichar uma substância adesiva que imobiliza suas presas imediatamente.

 Você pode nunca ter visto este animal, mas ele é realmente difícil de se ver! Esse filo é considerado um elo entre anelídeos e artrópodes, porém quando foi descrito foi confundido com uma lesma... Esses bichinhos habitam cavidades e fendas do solo, em obscuridade total ou penumbra, com temperaturas menores que 20°C, também são localizados entre troncos, folhas de árvores e arbustos, entre musgos, sob troncos caídos e até mesmo no chão da mata.

Distribuição das famílias Peripatidae e Peripatopsidae
Distribuição geográfica de duas famílias da ordem Euonychophora pelo mundo

 Como vimos são animais relativamente difíceis de se encontrarem, são restritos aos trópicos e zonas temperadas do hemisfério sul. Uma curiosidade bem interessante, é o método que os onicóforos utilizam para caçar suas presas (grilos, cupins, besouros e outros pequenos invertebrados), esses animais prendem suas presas ao substrato através de um jato de muco adesivo, secreção expelida por suas glândulas de muco que se abrem nas papilas orais.

 O Peripatus acacioi, é um fóssil vivo! Ele sobreviveu a diversos eventos da Terra, como por exemplo as mudanças climáticas. Ele é um animal bem raro e que infelizmente está ameaçado de extinção, porém foi criada em 1978 a Estação Ecológica do Tripuí em Ouro Preto com o objetivo de preservação do habitat natural do Peripatus acacioi. Então caso você passe por Ouro Preto não esqueça de dar uma passadinha na Estação Ecológica do  Tripuí para ter a oportunidade de ver esse incrível, belo e raro animal!

Resultado de imagem para Peripatus acacioi
Peripatus acacioi

terça-feira, 9 de janeiro de 2018

Simulando Confrontos | Espinossauro vs Tiranossauro

Imagem relacionada
A icônica batalha entre o Espinossauro e o T-rex de Jurassic Park
  Tudo começou em Jurassic Park 3 (2001) com uma cena em que acidentalmente o Dr. Alan Grant e seus acompanhantes encontram um Tiranossauro se alimentando de uma carcaça. Grant tenta usar a tática de não se mexer, mas já era tarde demais. Todos fogem desesperadamente até que o Tiranossauro encontra o temível Espinossauro, e lá começa uma batalha de daria muito o que falar com a vitória do novo queridinho do filme: o Espinossauro. Veja o confronto no vídeo abaixo:


segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

Conheça o real Espinossauro

Olá pessoal, hoje estou aqui para falar da verdadeira aparência do Espinossauro!

ATUALIZAÇÃO | Em 2020, novos estudos de Ibrahim possibilitaram mais uma nova reconstituição do espinossauro, confira clicando aqui.

Reconstituição do espinossauro por ©Davide Bonadonna


O Espinossauro (Spinosaurus aegyptiacus) foi um dinossauro espinossaurídeo, pertencente a família Spinosauridae de cerca de meia dúzia de gêneros, 3 deles brasileiros: Oxalaia, Angaturama, Irratator. Ele viveu durante o período Cretáceo exatamente na última idade do Cretáceo Inferior (Albiano) e a primeira do Cretáceo Superior (Cenomaniano) no norte da África, é facilmente reconhecida por sua típica vela utilizada por exibição, intimidação e talvez regulação de temperatura. Ele foi o maior dinossauro terópode já descoberto Veja abaixo sua classificação científica e alguns dados:

Esqueleto de espinossauro por ©Tyler Keillor, Lauren Conroy e Erin Fitzgerald
Reconstituição da cabeça de um Espinossauro por ©Davide Bonadonna

*Por se tratar de uma espécie de registros fósseis escassos as medidas variam muito*

Comprimento: 12,6 a 14,3 ou 15 metros, alguns ainda dizem 18 metros.
Altura: 5 a 6 metros.
Peso: Alguns falam que ele possuía entre 8 e 9 toneladas. Outros dizem que ele tinha de 12 a 20,9 toneladas, além disso dizem que ele possuía apenas 15 toneladas.
Alimentação: Carnívora; Piscívora.
Modo de vida: Semiaquático.
Força da mordida: Algo em torno de 2 toneladas.
Localização: Viveu durante o Albiano do Cretáceo Inferior e Cenomaniano do Cretáceo Superior no norte da África, conviveu com o saurópode Paralititan, com os terópodes Carcharodontosaurus, Deltadromeus e Bahariasaurus, juntamente com o crocodilo Stomatosuchus e com as suas enormes presas, como o celacanto Mawsonia e o peixe-serra Onchopristis.
Garras: Possuíam entre 38 e 50 centímetros.

Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Reptilia
Superordem: Dinosauria
Ordem: Saurischia
Subordem: Theropoda
Infraordem: Tetanurae
Micro-ordem: Carnosauria
Família: Spinosauridae
Gênero: Spinosaurus
Espécie: Spinosaurus aegyptiacus

 Não irei entrar muito na sua história de sua descoberta, mas ele foi descoberto por Ernst Stromer em 1912 e descrito em 1915, porém os fósseis que ele descobriu e usou para descrever a espécie acabaram destruídos durante a Segunda Guerra Mundial em 1944, quando ocorreu um bombardeio no Museu de Munique. Desde então só se acharam escassos registros fósseis do Espinossauro, até que mais recentemente se encontram alguns bons registros fósseis que culminaram em novíssimas descobertas, no estudo de Ibrahim em 2014.

 Descobriu-se que ele tinha um quadril pequeno e as patas traseiras muito curtas para ser um bípede, e suas proporções indicavam um típico vertebrado especializado no modo de vida semiaquático, com a descoberta também de um novo centro de massa descobrimos que ele era na verdade um quadrúpede obrigatório em terra firme! Mas mesmo assim ele conseguia ficar bípede por alguns momentos.


 Uma de suas presas era o enorme Onchopristis, um peixe-serra gigante. Ele teve um longo focinho em forma de pá, revestido em ambos os lados com dentes em forma de gancho farpado.

Resultado de imagem para onchopristis

 O Mawsonia um enorme celacanto também era uma presa comum do Espinossauro, curiosamente os celacantos (apenas Latimeria) são uma das poucas criaturas que caracterizavam a vida animal no Mesozoico que ainda estão vivas hoje, é um dos famosos fósseis-vivos.



 Estudos do crânio mostram espaços que possivelmente abrigavam órgãos sensíveis à pressão, similares aos crocodilos modernos, usado para sentir presas debaixo d'água mesmo sem vê-las.



 Outra coisa que também deixa evidente seus hábitos de pescador, eram seus enormes dentes retos e cônicos (6 a 7 dentes de cada lado na concavidade e depois dela 12 dentes, sendo que o segundo e o terceiro dentes de cada lado eram excepcionalmente grandes), não serrilhados assim como seu crânio estreito e comprido (seu crânio também possuía uma fina crista entre os olhos bem no meio do crânio), tudo isso com a ação conjunta de suas enormes garras o tornava um excelente pescador! Ele precisava de todos esses ''armamentos'' para caçar um peixe enorme como o Onchopristis. Análises também sugerem que ele possuísse membranas  interdigitais , pois o pé era de uma estrutura mais plana, assim como as garras, isso sugere que o pé poderia ser adaptado para pisar  em um substrato mole no fundo da água, e essas membranas permitiriam que o animal não atolasse.

 O estudo também nos trouxe uma nova visão das suas vértebras, concluíram que sua cauda era menos robusta, porém mais livre, o que ajudava e muito na propulsão para o nado, por exemplo. As novas descobertas em relação a estrutura interna de seu esqueleto indica uma medula mais densa, com isso ele poderia ficar submerso mais facilmente, já que isso aumentaria o seu peso específico dentro da água.

Ibrahim sugere que a grande vela seria coberta apenas por uma justa camada de pele, sem músculos ou gordura, comparações com uma espécie de camaleão moderno e estrias nos ossos provaram que suas espinhas eram extremamente densas e pouco vascularizadas, o que deixaria inviável a regulação de temperatura, talvez servisse apenas para exibição e intimidação.

 Porém a pesquisa de Ibrahim pode estar equivocada, entre as dúvidas, por exemplo, estão se o material encontrado pertence mesmo a um único indivíduo ou se eles formam uma quimera. Isso tornaria as proporções apresentadas incoerentes. Alguns dizem também ser difícil de crer que ele era um quadrúpede quando se observa suas garras em seus membros anteriores, porém a evolução não liga pra estética, e sim pra função, fora da água ele poderia ser um tanto desengonçado, mas dentro devia ser um exímio nadador e letal predador aquático, com todas essas descobertas é possível que o seu parente Oxalaia também possuía o mesmo padrão em sua anatomia. Devemos aguardar mais descobertas para concretizar cada vez mais as novas descobertas, ou talvez reformulá-las!

 Com todas essas novas descobertas é possível concluir que suas finas mandíbulas que não teriam a força adequada para matar um T-rex como visto no filme Jurassic Park 3 (2001), outras desvantagens nessa luta fictícia era o seu estilo quadrúpede e desengonçado fora d'água, sem falar que quando ficava bípede provavelmente ficasse com pouca estabilidade, aliás essa luta icônica da ficção nunca ocorreu, pois os dois viveram em locais e épocas diferentes do Cretáceo.

 Novas descobertas e pesquisas como essas mostram o quando a paleontologia é instável! Estamos sempre sendo surpreendidos por novas descobertas, com o tempo todos irão se acostumar com a sua aparência quadrúpede, qualquer nova descoberta pode mudar muito a nossa atual visão!

P.S. Em breve farei uma luta hipotética entre o T-rex e o Espinossauro para provar de uma vez por todas que o Espinossauro não seria capaz de vencer o T-rex em terra.

Fontes: Ikessauro e Colecionadores de Ossos

A verdade sobre a paleontologia no Brasil e no mundo

 Olá pessoal, eu estou aqui hoje para falar de um assunto muito sério, pouquíssimos realmente sabem o valor da paleontologia, da biologia, da arqueologia e da história nesse mundo e no Brasil, e como ela é divulgada.

 Hoje em dia, a paleontologia já está muito avançada, nunca antes tivemos tantas informações sobre a vida pré-histórica, o mesmo vale para a arqueologia, sem falar nos avanços na biologia e as novas discussões envolvendo a história! Quantos assuntos polêmicos.

 Às vezes estamos sentados no sofá da nossa sala tranquilamente assistindo televisão, algumas pessoas então preferem assistir canais como o History Channel, mas será mesmo que o que eles divulgam é verdade? O sensacionalismo na televisão hoje em dia é enorme, sem falar nos filmes que fazem as pessoas acreditarem em informações falsas, no Brasil as pessoas acreditam muito no que assistem na televisão, mas e as informações verdadeiras? Eu prefiro ver os fatos, as descobertas! Mas a maioria não.

  Aonde eu quero chegar com tudo isso? Em um país como o Brasil, onde o que as pessoas sabem sobre paleontologia são documentários de televisão e filmes como o Jurassic Park, o mais bizarro é pessoas usando os filmes de Jurassic Park como argumento científico, o que é totalmente fora de cogitação. Mas se o Brasil não tem o costume de valorizar seu patrimônio paleontológico/arqueológico, o que acontece com os nossos paleontólogos e com os nossos fósseis e vestígios paleontológicos/arqueológicos?

Fósseis apreendidos pela Polícia Federal

 Simplesmente tudo isso é violado e contrabandeado, curiosamente aparecem fósseis e vestígios arqueológicos brasileiros em alguns museus estrangeiros... Os contrabandistas se aproveitam da situação de muitos trabalhadores brasileiros que encontram fósseis e os compram por preços de banana e depois os revendem por preços enormes. Muitos desses fósseis nunca mais são vistos, pois possíveis novas espécies ou registros de ocupação humana pré-histórica estão enfeitando salas de estar ou pegando poeira em porões e sótãos por aí...

 A falta de conhecimento arqueológico e paleontológico também ajuda, muitas pessoas acreditam no sensacionalismo de canais como o History e o Discovery Channel, eles anunciam coisas como por exemplo um parafuso do período Cambriano... que na verdade é um simples crinóide, isso é patético! Sem falar que usaram um anfíbio parecido com o Ichthyostega, falando que por ele ter cerca de 333 milhões de anos isso derrubaria a Teoria da Evolução, isso não tem nada a ver, inclusive, já existiam tetrápodes antes dessa data, está faltando coerência! Devemos selecionar o que vemos por aí, mas para isso devemos ter conhecimento nem que seja mínimo no assunto, outra coisa patética foi um documentário em que um Espinossauro mata um Carcharodontossauro com uma única braçada!

 Outra questão agravante é a falta de paleontólogos e arqueólogos, contudo isso não é porque ninguém quer seguir carreira nessas áreas, mas sim a falta de cursos nessas áreas! Ainda bem que cada vez mais temos gente se interessando pela paleontologia e arqueologia, só assim poderemos valorizar nossos sítios arqueológicos e paleontológicos, para não caírem nas mãos de contrabandistas. Basta levar um simples conjunto de pedras que você achou em um sítio arqueológico que você já alterou os vestígios, e quem pode interpretar esses locais são os profissionais especializados. Aliás é bom repetir o quanto as pessoas não sabem de paleontologia e arqueologia, talvez um dia essa situação mude.

domingo, 7 de janeiro de 2018

Simulando Confrontos | Oxalaia vs Pycnonemosaurus

É isso mesmo meus caros leitores! Pycnonemosaurus versus Oxalaia, os dois maiores terópodes brasileiros frente a frente em um confronto! Quem será que leva a melhor?

Oxalaia, um espinossaurídeo piscívoro do Maranhão, o segundo maior do tipo, perde em tamanho apenas para o espinossauro. Já o Pycnonemosaurus é um abelissaurídeo do Mato Grosso. Uma luta inédita, entre os maiores terópodes brasileiros! Os dois viveram no Cretáceo, porém em idades diferentes desse período.


Simulando Confrontos | Suchomimo vs Barionix


Para tornar o blog um pouco mais descontraído vou transformar essas lutas pré-históricas em uma série do blog: Simulando Confrontos, mas claro, eu irei continuar falando sobre os outros animais que sempre falei, tudo de forma mais descontraída.

No confronto de hoje, temos dois espinossaurídeos, uma luta inédita, eu diria que o confronto não seria tão equilibrado como parece, mesmo eles sendo tão parecidos.


sábado, 6 de janeiro de 2018

Simulando Confrontos | T-rex vs Carnotauro

Uma batalha desigual 

Com o trailer do Jurassic World | O Reino Ameaçado podemos ver que um carnotauro estava pronto para o seu ataque quando é surpreendido por um tiranossauro, na verdade, uma tiranossaura, carinhosamente apelidada pelos fãs com Rexy. Algumas pessoas não gostaram de ver o carnotauro perder a luta, então vamos aos fatos, mas antes vamos ver a luta:


sexta-feira, 5 de janeiro de 2018

Jurassic Park e seus dinossauros errôneos

Olá pessoal, hoje eu irei comentar da distorção da real aparência dos dinossauros feitos pela franquia Jurassic Park.


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A franquia Jurassic Park pode ter cometido vários erros ao apresentar os seus dinossauros, que são muito modificados, mas ela ajudou a popularizar ainda mais os dinossauros. Desde de 1993 quando lançou o primeiro filme da franquia, nunca fizemos tantas descobertas a respeito dos dinossauros e de outros animais e plantas extintos. Portanto, o filme despertou mais descobertas paleontológicas e proporcionou as pessoas da época a primeira visão de dinossauros ''reais'', que realmente eram amedrontadores, também ajudou a popularizar a imagem de dinossauros ativos, de sangue quente.

Mas como nem tudo é bom, o filme também ajudou a popularizar dinossauros com a anatomia de forma errada, e é disso que eu vou falar agora.

Observação: A foto de cima sempre será o dinossauro retratado no filme, e a de baixo a foto mais correta sobre a aparência do dinossauro anatomicamente, porque é muito difícil saber a sua cor.

Tiranossauro (Tyrannossaurs rex)



 Vamos começar com o mais conhecido e adorado dinossauro, o Tiranossauro podia ter a aparência correta para os padrões da época, mas hoje sabe-se que é provável que ele tivesse cerdas ou plumas (mesmo que elas se perdessem nos adultos é provável que indivíduos mais juvenis as tivessem)! Além disso o filme populariza um T-rex alá guepardo, que corre a 70 km/h, porém ele conseguia correr míseros 19 km/h, até um humano consegue correr mais rápido do que um T-rex, os recordes humanos marcam por volta de 45 km/h. Outra coisa que é sem sentido algum é a ideia de que se você ficar parado o T-rex não irá te ver, isso é totalmente errado, ele também poderia usar o seu olfato, mas na realidade também tinha uma ótima visão.

Velociraptor (Velociraptor mongoliensis)



 Com certeza o dinossauro mais modificado da franquia, também devemos dar um desconto ao livro que inspirou o filme, porque o autor utilizou um guia de dinossauros que tratava Deinonychus e Velociraptor como sinônimos, mas no filme não consertaram esse erro, por isso o Velociraptor do filme é um Utahraptor ou um Deinonico. Vamos começar pelo tamanho, o Velociraptor do filme tem 1,80 de altura, essa medida na vida real, não é sua altura, e sim seu comprimento, a altura dele ficava por volta dos 50 cm, sem falar nesse dinossauro que foi tratado como americano, quando os paleontólogos estão escavando-o no começo do primeiro filme, na vida real, ele é da Mongólia. Além disso, as pesquisas apontam que ele, assim como muitos outros dinossauros, possuíam penas, realmente ele estava muito mais para um peru com garras, mas ele era igualmente mortífero e caçava em bandos. Sem falar que ele não era tão inteligente como no filme, os troodontídeos são os dinossauros mais inteligentes, sem falar que a sua mão também está anatomicamente errada, as mãos dos dinossauros terópodes como o T-rex e o Velociraptor dos filmes estão erradas, o punho dos raptores dobrava-se lateralmente, como o das aves, já o punho dos terópodes, como o tiranossauro eram voltadas para o peito, a postura da mão do Velociraptor já é uma visão bem ultrapassada hoje em dia.

Dilofossauro (Dilophosaurus wetherilli)

 O dilofossauro também foi muito modificado, pra começar o Jurassic Park criou uma espécie de dilofossauro que nunca existiu: Dilophosaurus venenifer, a espécie correta está ao lado do nome desse tópico, outra coisa que sabemos é que a crista dele poderia ter sido colorida, um chamariz para as fêmeas e um alerta aos rivais. Percebemos também que o focinho do dilofossauro de Jurassic Park está muito modificado, além disso o tamanho do dilofossauro no filme está muito reduzido. No filme ele está com um tamanho muito pequeno, quase com o tamanho do velociraptor na vida real, mas na verdade o dilofossauro tinha 2 m de altura e 7 m de comprimento! Agora vamos para o detalhe mais absurdo, a gola que solta veneno, isso realmente foi algo bizarro, até hoje ninguém provou que o dilofossauro possuía este aparato, apenas o lagarto-de-gola-australiano possui uma gola (que não solta veneno), que é usada para intimidar predadores e regular sua temperatura.


Braquiossauro (Brachiosaurus brancai)


 Não foi um dinossauro com tantas modificações, mas o seu pescoço não fica em um ângulo de 90° e não possui esse formato de S, o pescoço era reto, porém ficava em um ângulo menor do que 90°, como pode-se ver na representação artística. Outra coisa que está errada é o braquiossauro se erguer apoiando todas as suas 32 a 37 toneladas em seus membros traseiros, seus membros posteriores são maiores que os anteriores, o que não proporcionaria nenhuma vantagem, até porque sua altura já era suficiente para isso, sem falar que suas pernas provavelmente não aguentariam o peso e seus vasos sanguíneos poderiam se romper. Mas uma coisa boa é que popularizaram a imagem dele fora da água, é que antes acreditavam que ele vivia dentro de lagos e rios apenas com seu pescoço para fora, assim como outros saurópodes, assim ele ficaria também com a cabeça submersa ao se alimentar das plantas aquáticas, voltando para respirar de tempos em tempos, mas essa teoria está errada, seus pulmões não suportariam a pressão.

Espinossauro (Spinosaurus aegyptiacus)


 Não sei se o espinossauro consegue ganhar do velociraptor no quesito mais modificações. Pesquisas muito recentes mostram que o espinossauro era um dinossauro semiaquático! Ele vivia em rios e lagoas abocanhando seus peixes, ele sabia nadar muito bem, além disso a pesquisa revelou que ele era quadrúpede, também se sabe que sua vela era mais quadrada ou retangular, e não circular como é mostrado no filme, o focinho também está anatomicamente incorreto, seus dentes eram retos e cônicos, e não curvados e serrilhados como no filme. Então, é provável que eles só se deparassem com ele dentro da água, e caso ele saísse da água, sua postura seria obrigatoriamente quadrúpede, e ele também não possuía uma mandíbula tão forte. Na batalha contra o T-rex, ele perderia na maioria das vezes, porém caso o T-rex estivesse na água o espinossauro iria ganhar na maioria das vezes, a mordida do T-rex, sua resistência e força eram maiores, e caso sua vela fosse golpeada o espinossauro provavelmente morreria, alguns pesquisadores acreditam que ela seria reguladora de temperatura corporal, contudo, essa ideia já está sendo superada, o T-rex só foi morto no filme pois queriam mudar a estrela do filme. Seu comprimento continua enormemente gigante, 15 m mais ou menos (as novas pesquisas mudaram o antigo comprimento de 17 ou 18 m de comprimento) sua altura diminuiu porque agora sabemos que ele é quadrúpede, mas ainda sim é um animal que você não iria gostar de encontrar por aí!

Pteranodonte (Pteranodon longiceps)



 Anatomicamente quase não foi modificado, apesar de não ser um dinossauro, ele era um dos répteis pré-históricos da época, ele possuía 7,5m de envergadura e uns 2m de altura, como no filme. O erro foi retratar esse animal com dentes, ele não possuía dentes! Além disso ele também não era um animal tão feroz como visto no filme, e seu corpo não suportaria levantar uma pessoa e sair voando por aí, ele tinha o corpo frágil assim como outros pterossauros.

Ceratossauro (Ceratosaurus nasicornis)

 Apareceu rapidamente, mas já conseguimos notar que seu crânio é muito robusto, apenas isso conseguimos observar, mas como vários blogs dizem, é porque ele recebeu alguns genes do T-rex. Ele apresentava de 4,5m a 6m de comprimento e 2.5m de altura.

Galimimo (Gallimimus bullatos)




 Assim como outros dinossauros é muito provável que o Galimimo também tivesse penas pelo corpo, e inclusive penas longas nos braços. É importante ressaltar também que ele não possuía dentes como é mostrado no filme, e aliás o Galimimo de Jurassic World aparece com os braços inseridos no local errado, o que faz com que o Galimimo de Jurassic Park esteja muito mais correto anatomicamente. Os punhos também estão errados, e isso se repete para todos os outros dinossauros terópodes dos filmes. Ao invés de dobrarem-se “para frente”, como é retratado, as mãos dobravam-se para a lateral, como nas aves. E o Galimimo da vida real possuía um comprimento de 6 a 8 metros, maior do que o do filme, e uma altura de 2 metros. E assim como no filme, há evidências que esses animais andassem em grupos.

Paquicefalossauro (Pachycephalosaurus wyomingensis)

 Possuía cerca de 4 a 4,5 metros de comprimento e cerca de 1,5 a 3,5 metros de altura. Em Jurassic World é retratado um pouco maior do que realmente é.

Triceratops (Há duas espécies de Triceratops: Triceratops horridus Triceratops prorsus)


 O Triceratops possuía entre 7,9 a 10 metros de comprimento e 2,9 a 3 metros de altura. Em Jurassic World é apresentado pela primeira vez na franquia um Triceratops juvenil, ele estão mais ou menos corretos, possuíam os chifres apontando para cima mas não possuíam um pé compacto como o de um elefante, mas sim um pé mais esparramado. Em relação aos Triceratops adultos estão anatomicamente corretos no geral, fora alguns detalhes no formato do crânio, mas faltou colocar escamas grandes de formato mais ou menos hexagonal. Aliás a pele do Triceratops era incomum se comparada à de outros dinossauros. Impressões de pele de um espécime mostram que ao menos uma das espécies pode ter sido coberta por estruturas semelhantes a cerdas, semelhantes à do ceratopsídeo mais primitivo (como pode ser visto na imagem de como seria um verdadeiro Triceratops).



Estegossauro (Há três espécies de Estegossauro: Stegosaurus stenops
Stegosaurus ungulatus
Stegosaurus sulcatus)



 O Stegosaurus armatus possuía 9 metros de comprimento e 4 metros de altura, enquanto as outras duas espécies de Estegossauro eram bem menores. Como vocês devem ter percebido na imagem da real aparência anatômica do Estegossauro, ele não arrastava a cauda no chão e nem próximo ao chão. Eles tinham a cabeça bem pequena e não conseguiriam galopar como é mostrado em Jurassic World. As placas nas costas deveriam ser mais coloridas já que aparentemente, elas têm forte relação com extravagância sexual e comunicação desses bichos. Impressões de pele desses animais mostram pequenas escamas pentagonais e uma ‘armadura gular’.



 O Estegossauros de O Mundo Perdido: Jurassic Park e os que estão perto do rio em Jurassic World estão bem mais cientificamente corretos do que os que aparecem galopando e pastando nas planícies de Jurassic World

Anquilossauro (Ankylosaurus magniventris)


 Os Anquilossauros possuíam cerca de 9 metros de comprimento e 2 metros de altura. Anatomicamente está bem, o único erro é que seus espinhos laterais não eram tão pronunciados como os do filme.

Parassaurolofo (Parasaurolophus walkeri)


 Os Parassaurolofos possuíam cerca de 4,5 metros de altura em pé e 2 metros de altura quando quadrúpedes e cerca de 9 a 10 metros de comprimento. Poderiam ser mais coloridos como mostra a ilustração. Como observado pelo paleontólogo Thomas Holtz eles são mostrados mastigando errado.

Mosassauro (Mosasaurus)


  Os Mosassauros também não são dinossauros, mas sim répteis aquáticos, eu os mencionarei pois aparecem no filme. Definitivamente eles não alcançavam o tamanho mostrado no filme, os maiores espécimes encontrados até agora de Mosasaurus hoffmanni possuíam 18 metros de comprimento, e eles levariam dezenas de anos para chegar a esse tamanho. Eles tinham os tais dentes palatais, como mostrados no filme, mas provavelmente tinham a língua bifurcada, como muitas cobras e lagartos nos dias atuais.

Pterossauros (Ordem Pterosauria, nas imagens abaixo temos pterossauros Dimorphodontidae e do gênero Pteranodon)


 A ordem dos pterossauros é bem diversa, e é provável que eles fossem muito coloridos, mas apesar de todo esse esplendor dessas criaturas fantásticas elas eram muito frágeis e como eu já disse na postagem nem mesmo um Pteranodonte conseguiria levantar uma pessoa do chão.
 Os principais pterossauros que aparecem nos filmes são o Pteranodonte que atingia cerca de 5,5 metros de envergadura e o Dimorfodonte que atingia apenas 1,5 metros de envergadura, e possuía 1 metros de comprimento. 
 Evidências fósseis de diversos pterossauros indicam que essas criaturas tinham o corpo coberto por estruturas similares a pelos. 
 Outra curiosidade muito interessante é de que um soco bem dado seria capaz de esmigalhar o crânio dos pterossauros, principalmente de um Dimorfodonte.
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Agora irei comentar sobre os dinossauros que apareceram nos filmes Jurassic World, continuação da primeira trilogia. Nessa nova trilogia, principalmente nos novos dinossauros que irão aparecer no filme Jurassic World | O Reino Ameaçado estão mais modificados do que nunca, eu não acho isso muito interessante, porque isso nos distancia dos reais dinossauros cada vez mais, porém isso é para atrair o público, mas mesmo assim a franquia Jurassic Park continua sendo maravilhosa.

Apatossauro (Apatosaurus ajax):



 Possuía cerca de 23 metros de comprimento e 13 metros de altura, o seu tamanho está dentro do esperado, embora talvez possa estar um pouco maior no filme. A posição do pescoço e das narinas estão corretas, assim como toda a sua anatomia no geral, exceto a parte de que não colocaram as escamas no animal, temos evidências de que ele possuía escamas. A paleontóloga Aline Ghilardi complementou dizendo que ele poderia ter um pouco mais de cores, como por exemplo listras no pescoço ou na cauda, o que ajudaria a confundir os predadores, assim como fazem os mamíferos modernos.

Carnotauro (Carnotaurus sastrei)



 Foi um dos dinossauro mais correto que podemos ver no trailer, a anatomia está muito fiel ao dinossauro real. Ele possuía 8 m ou 9 m de comprimento e 2,5 de altura. O filme seguiu bem a sua anatomia, embora haja algumas modificações.

Barionix (Baryonyx walkeri)





 Assim como seu parente, o espinossauro, esse espinossaurídeo, possui alguns erros no filme, novamente um dinossauro piscívoro é retratado fora de seu ambiente natural, os lagos e rios. Seu focinho novamente apresenta erros, além dele ser um pouco mais comprido e estreito na vida real, seus braços eu diria também que são um pouco maiores na vida real. Ele apresenta 7,5 m a 10 m de comprimento e uma altura entre 2,5 m e 2,7 m, algo que o filme aparentemente seguiu. Sem falar que essa lava fluída, escorrendo por aí, seria o suficiente para fazer esse animal fugir, ou se ele não conseguisse fugir, poderia desmaiar com a temperatura, assim como as pessoas que estão no local.

Sinoceratops (Sinoceratops zhuchengensis)


Apresenta 2m de altura e 6m de comprimento, é retratado com alguns erros no filme,  ele é mostrado com as fenestras (buracos no escudo ósseo) abertas, como se em vida elas fossem mesmo um buraco. Atualmente não há evidências que isso fosse verdade, vários outros dinossauros de chifres possuem esses buracos no crânio, mas em vida eles eram preenchidos com tecidos, músculos e pele. Fora isso a anatomia geral do animal não tem muitos erros, embora haja alguns.

Alossauro (Allosaurus fragilis)


Esse dinossauro apresenta 4 m de altura e 12 m de comprimento. A anatomia segue fiel, claro que há alguns desvios mas são poucos. O tamanho eu destaco como sendo reduzido, o Alossauro era maior, mas esse indivíduo da foto era jovem, o que explica o tamanho reduzido.

Stygimoloch (Stygimoloch spinifer)



Esse dinossauro apresenta 2 a 3 m de comprimento e 1,2 m de altura. No filme ele é apresentado quebrando uma parede e barras de ferro, eu creio que provavelmente isso seria possível, mas também não é tão simples assim. Anatomicamente ele é bem correto, porém sua altura e comprimento foram retratados um pouco maior no filme, na vida real o Stygimoloch atingiria nossa cintura, e o comprimento também não seria muito grande.

Concluindo, mesmo com todas essas modificações, a franquia do Jurassic Park sempre será inesquecível e muito importante para a história do cinema, e com certeza um dos melhores filmes.

Fontes: Colecionadores de Ossos, Wikipedia, Jurassic Park Wiki (de onde tirei muitas imagens dos dinossauros de Jurassic Park), Atlas Virtual da Pré-História, Dinosaurs World, Ikessauro, entre outros.