Os platelmintos geralmente são hermafroditas, podendo ou não praticar a autofecundação, sendo que alguns se reproduzem por partenogênese. As planárias especificamente são hermafroditas.
Nos turbelários e trematódeos monogenéticos o desenvolvimento é direto. Já nos digenéticos e cestoides é indireto. Os platelmintos de menor porte podem dividir-se por fissão (também chamada de bipartição). As planárias reproduzem-se por reprodução assexuada através de um processo de fissão em que cada metade regenera e forma uma nova planária.
Em A ocorre uma reprodução assexuada por meio de um corte em B a reprodução assexuada já é por estrangulamento, não havendo cortes. |
O processo mostrado em A na figura acima está demonstrado nesta imagem. |
Processo de regeneração da região anterior de uma planária. |
Há um registro de 1898 (T. H. Morgan) de que Planárias conseguem se regenerar a partir de um pedaço de 1/279 do seu corpo. As planárias são muito estudadas por cientistas, que analisam e estudam sua incrível capacidade de regeneração.
Os platelmintos também podem realizar reprodução sexuada, sendo disso exemplo as planárias, que se unem e trocam sêmen, reproduzindo-se por fecundação cruzada. Abaixo vemos a estrutura do sistema reprodutor hermafrodita de uma planária. Cada casulo poderá dar origem a cerca de 20 filhotes.
O casulo |
As planárias marinhas, da ordem Polycladida se reproduzem de um jeito diferente, mas ainda são hermafroditas como todas as planárias (Classe Turbellaria). Usarei como exemplo a reprodução de um policládido chamado Persian carpet flatworm, em tradução literal ''Platelminto Tapete Persa''.
A coisa mais interessante sobre o Platelminto Tapete Persa é seu comportamento sexual. Como a maioria dos platelmintos, eles são hermafroditas, assim quando dois indivíduos se encontram e decidem fazer sexo, eles precisam escolher se farão o papel de macho ou de fêmea (ou ambos). Infelizmente, a maioria dos indivíduos prefere ser macho, então esses encontros geralmente terminam em lutas violentas nas quais ambos os animais atacam o parceiro com um pênis duplo, um comportamento conhecido como briga de pênis.
O curioso processo de esgrima peniano |
Ao final, o vencedor jorra seu esperma no parceiro e vai embora. Mas a parte horrível ainda está por vir. O esperma parece ser capaz de queimar como ácido através do tecido da pele do receptor de forma a alcançar os tecidos internos e assim nadar até os ovos. Em algum casos extremos o volume de esperma pode ser grande o suficiente para arrebentar o receptor em pedaços.
As planárias terrestres como qualquer outra planária também pode se reproduzir por fecundação cruzada e por regeneração. Veja abaixo duas geoplanas copulando através do processo de fecundação cruzada:
Fonte: Natureza Terráquea
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