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terça-feira, 29 de novembro de 2022

Tópicos de reprodução e desenvolvimento em organismos vegetais

  Olá pessoal, trago aqui alguns apontamentos em botânica. 

Grãos de pólen vistos por microscopia eletrônica de varredura.

Breves observações de embriologia e ciclos de vida em organismos vegetais:

Musgos, hepáticas e antóceros: organismos dibiontes que caracterizam-se por apresentar a fase gametofítica como a geração dominante do ciclo de vida.

Esporogênico: tecido diploide que origina as células-mãe dos andrósporos (micrósporos) nas anteras em desenvolvimento.

Todas as Embryophyta: apresentam meiose espórica, sendo que os gametas são produzidos mitoticamente na fase adulta dos gametófitos.

Bitegumentado: primórdio seminal (óvulo) com envoltório duplo, característico da maioria das Angiospermas.

Monobionte haplonte: meiose zigótica.

Angiosperma: são organismos heterosporados, com ginosporângios indeiscentes, nos quais o tecido responsável por nutrir o embrião geralmente é triploide, resultante de um segundo evento de fecundação denominado fusão tripla.

Pteridophyta: caracterizam-se por apresentar a fase esporofítica como geração dominante, sendo que alguns de seus representantes são organismos homosporados que apresentam gametófitos fotossintetizantes e de vida livre.

Acoplamento: fase posterior à polinização que caracteriza-se pela aproximação dos gametas masculinos e femininos nas angiospermas e que culmina com a penetração do primórdio seminal pelo tubo polínico.

Spermatophyta: compreende todas as plantas vasculares que possuem sementes.

Embrião: esporófito jovem.

Polinização: processo através do qual grãos de pólen são transferidos das anteras para o estigma numa mesma flor ou entre flores distintas.

Sifonogamia: fenômeno no qual a condução dos gametas masculinas até as proximidades da oosfera se dá pela formação de estrutura tubular denominada tubo polínico.

Zoidiogamia: condição na qual o gameta masculino é uma célula ciliada, ou flagelada, e onde a fecundação é dependente da presença de água no ambiente.

Monobionte diplonte: apresenta ciclo de vida caracterizado pela existência de apenas uma geração, no qual os indivíduos possuem células diploides e na maturidade produzem gametas por meiose (meiose gamética).

Selaginella: planta vascular heterosporada e destituída de semente.

Gymnosperma: são organismos heterosporados, com ginosporângios indeiscentes, nos quais o gametófito feminino (ginófito) é responsável por nutrir o embrião durante o seu desenvolvimento.

Ginosporângio (nucelo): órgão (esporângio) responsável pela formação dos ginósporos nas plantas com sementes.

Sobre as flores:

  • Tanto os androsporângios (órgãos produtores de andrósporos) quanto os andrófitos (gametófitos masculinos) são formados dentro da antera;
  • O estigma e o estilete fazem parte do gineceu (pistilo), o qual é um conjunto de carpelos;
  • Os processos de ginosporogênese e ginogametogênese têm lugar no interior do rudimento seminal;
  • O verticilo ao qual pertencem as peças florais (filomas) constituídos pelas anteras e filetes chama-se androceu;
  • As sépalas (cálice) exercem a função de proteger os filomas florais internos durante o desenvolvimento do botão floral;
  • Numa flor homoclamídea (i.e., com sépalas e pétalas iguais em número, cor e forma), as tépalas externas e as tépalas internas correspondem às sépalas e pétalas, respectivamente;
  • O desenho representa uma flor hipógina;
  • O estigma é o local onde os grãos de pólen são depositados e onde os mesmos germinam para dar início ao acoplamento;
  • O estilete apresenta, internamente, o tecido transmissor, no qual os tubos polínicos crescem para alcançar o ovário, onde por sua vez se localizam a(s) estrutura(s) que contêm gametófito(s) feminino(s);
  • Ontogeneticamente, o ovário e o rudimento seminal dão origem ao fruto e à semente, respectivamente;
  • O rudimento seminal é um órgão que deve ser classificado como do tipo ortótropo;
  • O rudimento seminal e a antera fazem parte das ''folhas'' modificadas portadoras de ginosporângios e das ''folhas'' modificadas portadoras de androsporângios, respectivamente.

Breves observações de anatomia das flores:

Tapete: tecido secretor responsável pela produção da maior parte parte da esporopolenina depositada na esporoderme dos grãos de pólen.

Transmissor: tecido secretor que se estende da base do estigma até o interior do ovário e em cujos espaços intercelulares desenvolvem-se os tubos polínicos.

Conectivo: tecido parenquimático localizado no entorno do feixe vascular da antera, usualmente delimitado pela epiderme, pelo endotécio e pela camada tapetal interna, unindo as tecas ao filete.

Placentação parietal: ovário paracárpico.

Orbículos: são produtos de secreção holócrina correspondendo a partículas citoplasmáticas impregnadas por esporopolenina, depositadas no fluido locular e na superfície interna da parede do androsporângio.

Pétalas: filomas que geralmente apresentam cores vivas devido a presença de pigmentos em um ou mais de seus tecidos, relacionados com a atração visual de polinizadores.

Parênquima esponjoso: tecido usualmente encontrado no mesofilo das partes que compõem a corola.

Papilas estigmáticas: são células epidérmicas salientes que exercem papel importante na adesão e germinação dos grãos de pólen.

Apocárpico: gineceu pluricarpelar cujos carpelos são livres entre si.

Eussincárpico: quando a fusão dos carpelos no ovário ocorreu face abaxial com face abaxial, resultando num pistilo gamocarpelar com ovário bi-, tri- ou plurilocular.

Carpelo: nas angiospermas, filoma floral (''folha'' modificada) que suporta primórdios seminais.

Poricida: um dos tipos de deiscência da antera.

Flor epígena: possui ovário ínfero.

Breves observações da morfologia externa de inflorescências:



Axilar: disposição da inflorescência quando esta emerge da axila de uma folha normal (normófilo).

Monotélica: quando o eixo principal da inflorescência (bem como os seus ramos, quando presentes) apresentam flor terminal.

Tirso: inflorescência pluriflora cujo eixo principal, monopodial e portador de gema apical, ramifica-se em paracládios com padrão de ramificação dicasial.

Capítulo: inflorescência pluriflora simples apresentando pedúnculo alargado na extremidade apical, formando um receptáculo côncavo, plano ou convexo, o toro, onde se insere um conjunto de flores, rodeado ou não por um conjunto de brácteas, o periclínio.

Amento: semelhante à espiga, mas apresentando eixo pendente e flores unissexuais.

Racemo: pluriflora simples e indeterminada, com flores pediceladas saindo de diversos níveis do pedúnculo e atingindo diferentes alturas.

Espiga: inflorescência pluriflora, simples, politélica, ereta, apresentando flores sésseis ou subsésseis situadas em diferentes alturas do eixo axial.

Composta: inflorescência pluriflora, cujo eixo principal ramifica-se em eixos secundários (paracládios de primeira ordem), que por sua vez podem ramificar-se novamente (paracládios de segunda, terceira ordens etc.).

Corimbo: inflorescência pluriflora simples com flores pediceladas saindo de diversos níveis da raque, porém atingindo todas aproximadamente a mesma altura.

Breves observações sobre o primórdio seminal:

  • O desenho corresponde à secção longitudinal de um primórdio seminal (óvulo) anátropo;
  • A camada de células indicada pelo número 6 faz parte do nucelo;
  • As estruturas de número 3 são denominadas núcleos polares e ambos são haploides;
  • A célula de número 5 corresponde a uma das sinérgides;
  • Nas angiospermas de um modo geral, as células de número 1 degeneram-se após a maturação ou a fecundação do saco embrionário;
  • Toda a estrutura envolvida pelo tecido de número 6 (setas números 1, 2, 3, 4 e 5) corresponde ao ginófito (saco embrionário) do tipo Polygonum e mais comum nas angiospermas.

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